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Tales Faria

OPINIÃO

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Oposição pedirá impeachment de Augusto Aras após as eleições, diz Renan

Colunista do UOL

28/07/2022 13h00Atualizada em 29/07/2022 10h34

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O ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL) revelou ao UOL News, nesta quinta-feira (28), que a oposição planeja dar entrada no pedido de impeachment do procurador-geral da República, Augusto Aras, logo após as eleições.

Segundo Renan, "não há como não interpor o impeachment do procurador-geral, pela conjunto da obra, pela maneira como ele tem se comportado, como cabo eleitoral do presidente".

Renan afirmou que logo após as eleições a oposição também deverá voltar à carga pela instalação de CPIs (Comissões Paramentares de Inquérito) sobre casos engavetados.

Ele citou as denuncias de corrupção no Ministério da Educação, na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) e do DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra a Seca).

Perguntado por que não entra agora com o pedido de impeachment, Renan afirmou que, após as eleições, com a provável derrota do governo, haverá uma "correlação de forças" mais propícia.

Segundo ele, o pedido não foi apresentado antes porque o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), "tem tido comportamento não compatível com a evolução das investigações".

Renan lembrou o caso em que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou ter recebido R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto para votar em Pacheco como presidente do Senado. "Em 15 diz o Aras o isentou", disse.

O emedebista lembrou também que Pacheco tentou barrar a CPI da Covid e que "teremos que arrancar a PI do MEC no STF" (Supremo Tribunal Federal).

Renan disse ainda que "haverá tempo" suficiente para o impeachment de Aras após as eleições. Referindo-se a Rodrigo Pacheco, disse acreditar que as eleições mudarão "pelo menos o nível de consciência dele".