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Rodrigo Mattos

Com TV reduzida, bilheteria e patrocínios fecham a conta da Copa América

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12/01/2019 04h00

Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Os principais campeonatos de futebol pelo mundo têm uma característica em comum: os direitos de transmissão são a principal receita e sustentam as competições. Na Copa América do Brasil-2019, esse quadro é diferente: o Comitê Organizador aposta em patrocínios e bilheteria para fechar a conta. Isso porque contratos antigos de televisão reduzem os ganhos com transmissão.

O orçamento da Copa América tem uma previsão de receita em torno de US$ 100 milhões. Desse total, em torno de 35% a 40% virão de bilheteria, segundo informações do comitê. Para efeito de comparação, a Copa do Mundo costuma ter apenas 10% das receitas com origem em ingressos. Os preços dos bilhetes foram anunciados nesta quinta-feira.

Além disso, a expectativa na Conmebol é de anúncio de novos patrocínios no sorteio da Copa América no final de janeiro. Esses são contratos novos e, portanto, livres das negociações antigas feitas pela confederação com valores baixos. De novo, na Copa do Mundo, o marketing é a segunda fonte de renda.

Para lembrar, a diretoria da Conmebol herdou compromissos com televisões para a Copa América todos assinados na gestão anterior. Esse tipo de acordo tem negociações sob suspeita já que a Datisa, que tinha comprado os direitos da competição, pagou propinas a ex-dirigentes da confederação, como mostrou investigação feita nos EUA. Desta forma, a TV, que na Copa é a principal receita, ficou em segundo plano no torneio continental.

A diretoria do comitê organizador da Copa América ainda não vê as contas para a competição como fechadas.  "Temos um orçamento vivo. É muito prematuro falar sobre números. Alguns dos recursos que usamos vieram de fundos já existentes e há outros por entrar", explicou o diretor de operações da Copa América, Agberto Guimarães.

Sobre o Autor

Nascido no Rio de Janeiro, em 1977, Rodrigo Mattos estudou jornalismo na UFRJ e Iniciou a carreira na sucursal carioca de “O Estado de S. Paulo” em 1999, já como repórter de Esporte. De lá, foi em 2001 para o diário Lance!, onde atuou como repórter e editor da coluna De Prima. Mudou-se para São Paulo para trabalhar na Folha de S. Paulo, de 2005 a 2012, ano em que se transferiu para o UOL. Juntamente com equipe da Folha, ganhou o Grande Prêmio Esso de Jornalismo 2012 e o Prêmio Embratel de Reportagem Esportiva 2012. Cobriu quatro Copas do Mundo e duas Olimpíadas.

Sobre o Blog

O objetivo desse blog é buscar informações exclusivas sobre clubes de futebol, Copa do Mundo e Olimpíada. Assim, pretende-se traçar um painel para além da história oficial de como é dirigido o esporte no Brasil e no mundo. Também se procurará trazer a esse espaço um olhar peculiar sobre personagens esportivas nacionais.