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Heinze: Já sabíamos da derrota do governo desde o 1º dia da CPI

Colaboração para o UOL, no Rio

20/10/2021 09h22Atualizada em 20/10/2021 10h48

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) disse no UOL News desta manhã que a derrota do governo na CPI da Covid já era prevista desde o primeiro dia da comissão. Heinze é um dos quatro senadores que representam a base do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no colegiado.

"Isso já era certo. Quando eles montaram a CPI com sete membros (da oposição), e nós somos quatro... já sabíamos desse resultado desde o primeiro dia", disse o senador.

Para Heinze, o relatório apontando uma série de responsabilidades de Bolsonaro e outros membros do Executivo federal não significa uma derrota para o governo. Ele diz que a comissão bateu "muito no presidente, tentando responsabilizá-lo" pela situação da pandemia do novo coronavírus no país.

Sei que isso pega muito mal para Bolsonaro, que muitas pessoas não conhecem a realidade e a verdade e aceitam o que está sendo falado. Muita gente acredita no que a CPI fala, no que o Renan (Calheiros, relator da CPI) fala especificamente e outros membros da CPI. Isto já se tornou realidade
Heinze

Reeleição

O governista diz que a CPI terá consequências políticas negativas para Bolsonaro, mas afirma que as eleições do ano que vem não serão impactadas pelas conclusões da comissão.

"A força demonstrada a ele (Bolsonaro) no 7 de setembro. Milhões de pessoas que foram às ruas disseram diferente. Estas pessoas estão ao lado do Bolsonaro, do governo. Estas pessoas também se mobilizam, trabalham", afirma Heinze.

Vendo a imagem de Bolsonaro não sendo muito abalada pela CPI, o senador diz que o presidente será reeleito no ano que vem.

Acredito que sim, trabalho para isso
Heinze

A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.